Caro Visitante! Este blog é uma forma de expressar a minha paixão pela Arte, pela Natureza e também pela minha querida cidade natal que é Ribeirão Bonito. Espero que encontre aqui um espaço do seu agrado e, sobretudo que se sinta à vontade para apreciar, contemplar, refletir, observar, analisar, comentar, interagir, sugerir, enfim, participar. Seja bem-vindo!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Talento da Nossa Terra: Celso Luís Gallo!



Celso Luís Gallo:

"Não era só uma apresentação de um trabalho para uma banca e uma plateia (que me inibe um pouco, pois até falar numa rádio sintonizada na região toda, trancado no estúdio, é mais fácil). Era o final de um ciclo de quatro anos de estudo e de momentos únicos.


Os dias antes da apresentação do TCC, semana passada, causaram-me sensações inéditas e muito estranhas. Crises de ansiedade, de choro, falta de apetite, problemas de estômago. Para completar a estranheza, eu dormia tranquilo (pelo menos isso, né).

Escrevia minhas reportagens no jornal, assistia à TV, saía me distrair com os amigos, ouvia músicas. Mas o pensamento era um só: como seria aquela noite, como o trabalho seria avaliado, como o livro seria recebido pelas pessoas. Deu tudo certo. Alívio.

Parece que o R$ 1,50 que eu pedia a minha mãe para comprar o saudoso “Jornal da Tarde” às segundas-feiras e ler o Caderno de Esportes especial com 40 páginas coloridas, formato tabloide, não era à toa. Isso com uns 12, 13 anos de idade.

Também parece não ser à toa, alguns anos antes, eu começar a ouvir rádio esportivo (o tema do TCC) e jornalístico, além de ganhar um Motorádio que era do meu avô. Pegava FM, AM e ondas curtas (aquele em que o som vai e volta, inclusive na hora do gol, matando o torcedor de nervoso). Está comigo até hoje.

E ler jornal atrasado? No meu primeiro ano de faculdade, todo dia, dois grandes amigos me emprestavam a “Folha” do dia anterior, já que eu não conseguia ter uma assinatura. Parece loucura. Mas, nesse caso, é loucura mesmo (hahaha).

São coisas que, com a conclusão do curso e a oficialização da profissão de jornalista, fazem muito sentido. Luta que começou na escola, nas primeiras experiências na área, em Ribeirão Bonito, e passou pelo cursinho da Unesp, que me ajudou a ganhar uma bolsa integral na faculdade com o Enem. Seria bem mais difícil se eu tivesse de pagar.

Agora, resta agradecer a todos que colaboraram para isso. Família, amigos, colegas de curso, professores, coordenação. Resta também aproveitar os últimos dias de apresentações e a companhia dos colegas, pois cada um vai seguir o seu caminho profissional e o contato será mais difícil.

A vida tem de seguir, com os seus momentos bons e as suas dificuldades. É assim que funciona. Acaba um ciclo, começa outro. Mas o que não irão acabar são as lembranças da turma 03511 de Jornalismo da Uniara. Saibam que vocês foram muito importantes e especiais para mim. Muito obrigado a todos. Vocês são demais."








Acreditei! Apostei! Ganhei!
Na quinta série: ... esse aluno tem futuro!
Hoje: ... o resultado do seu esforço e talento!
Parabéns, Celso! 
Parabéns aos seus Familiares! 
Sucesso, hoje e sempre!



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dia Nacional de Ação de Graças!




Dia 27 de novembro 
celebramos o 
Dia Nacional de Ação de Graças:

O que Você tem para agradecer?

Bom é render graças ao Senhor e 
cantar louvores ao Teu nome, 
ó Altíssimo, anunciar de manhã 
a Tua Misericórdia e, 
durante as noites, 
a Tua fidelidade.

Salmo 92.1-2.



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Arte do Dia!


Dia Nacional da Consciência Negra!


Somos todos Palmares!





Por Luis Gustavo Reis, professor de História do Brasil.

A escravidão foi um dos períodos mais nefastos da história do Brasil. Calcula-se que desembarcaram nas Américas por volta de 10 a 15 milhões de africanos escravizados. Deste total, aproximadamente 40% vieram para o Brasil.

O trabalho dos escravizados foi utilizado em diferentes serviços, sobretudo na lavoura e nas tarefas domésticas da Casa Grande, além disso, exerciam variadas funções nas áreas urbanas. Todavia, os cativos não aceitaram pacificamente a escravidão e resistiram cotidianamente. Mesmo ameaçados pelo chicote ou vigiados pelos olhos “atentos” dos feitores, os escravizados incendiavam plantações, agrediam senhores e feitores, além de promoverem constantes rebeliões.

O regime escravista não se baseava apenas na violência. Uma teia de negociações pautava as relações entre senhores e escravizados. Quando a negociação falhava ou era desrespeitada por uma das partes, abriam-se os caminhos da ruptura.

Durante anos a fuga e a formação de comunidades de fugitivos (mocambos e quilombos) caracterizou, por parte dos escravizados, a ruptura mais recorrente e decisiva. Os cativos fugiam por diversos motivos: seja pelos castigos físicos, separação de familiares ou em busca da sonhada liberdade. Uma das comunidades de fugitivos mais duradouras foi Palmares (1597-1694). Formado por vários mocambos no nordeste açucareiro, entre as regiões de Pernambuco e Alagoas, Palmares representou uma esperança de liberdade aos escravizados e um terrível pesadelo para senhores e autoridades coloniais durante quase um século.

A figura mais conhecida e polêmica de Palmares é Zumbi. Pouco se sabe sobre sua história, principalmente por conta dos mitos que foram criados a seu respeito. Grosso modo, Zumbi descendia dos guerreiros imbangalas ou jagas de Angola e teria nascido no começo de 1655, nos mocambos palmarinos. Capturado no mesmo ano de seu nascimento, fora criado por um padre português durante um período, até fugir e regressar novamente a Palmares.

Com a morte de Ganga-Zumba em 1678, Zumbi assume a liderança de Palmares e logo empreende uma série de medidas para se consolidar. Entre essas medidas destacam-se a fortificação dos mocambos e os ataques sistemáticos a plantações e povoações vizinhas, na busca de escravos, armas e munições.

Uma série de expedições foram organizadas para destruir Palmares, porém todas elas derrotadas num primeiro momento. Entre os anos 1692-1694, lideradas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, foram feitas novas ofensivas contra Palmares. Após resistirem durante meses, os palmarinos sucumbiram diante das forças escravistas. Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, teve sua cabeça decepada e enviada ao Recife. Enfiada em uma estaca e exposta em praça pública, tinha como objetivo servir de exemplo aos demais escravizados que ousassem se rebelar.

Após a morte do rebelde nasceu o mito e Zumbi passou a inspirar uma série de movimentos sociais e artísticos ao longo da história do Brasil. Foi resgatado pelos abolicionistas na segunda metade do século XIX, tornou-se símbolo da luta dos negros contra a dominação escravista, embora nada indique que entre os objetivos de Palmares estivesse abolir a escravidão.

Durante o século XX, Zumbi foi tema de cinema, peças de teatro, enredo de escola de samba, movimento guerrilheiro e de instituições públicas e privadas. Em 1978, em substituição ao 13 de maio (Abolição da escravidão), o Movimento Negro Unificado (MNU) elegeu o simbólico 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, homenageando umas das figuras mais destacadas da história do negro no Brasil.

A história de Palmares e dos quilombos brasileiros ainda tem muito a nos dizer. Rememorá-las neste mês da Consciência Negra é salutar, sobretudo em uma sociedade manchada pelo preconceito, pela hipocrisia e pelas odiosas manifestações de racismo que pipocam em todos os rincões deste país.

Neste sentido cabe se perguntar qual sociedade queremos. Uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos vivam integralmente sua cidadania ou um país viciado em estigmatizar pessoas de acordo com a cor da sua pele? Enquanto não resolvermos essa questão, estaremos condenados a girar em falso, estacionados no comodismo. Se esconder atrás do véu da democracia racial ou transferir a responsabilidade para o Estado é, no mínimo, esquivar-se da responsabilidade. É necessário discutir a questão com seriedade e comprometimento, só assim será possível nos desgarrarmos dos enferrujados grilhões que nos atam ao racismo.

Para saber mais: REIS, João José & GOMES, Flavio dos Santos (orgs.) Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.




Daqui: http://www.cursinhodapoli.net.br/web/servicos/somos-todos-palmares/