Penso Que Sempre me Lembrarei Daquela Caminhada!
de Max Lucado
Tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
Mateus 20.28
“Que farei então de Jesus?” Pilatos foi o primeiro a fazer essa pergunta, mas desde aquela época ela tem sido feita por todos nós.
Trata-se de uma pergunta justa. Uma pergunta necessária. O que você faria com um homem assim? Chamava a si mesmo de Deus, mas usava trajes de homem. Chamava a si mesmo de Messias, mas nunca comandou um exército. Era considerado rei, mas sua única coroa foi de espinhos. O povo reverenciava-o como membro da realeza, mas seu único manto foi alinhavado com pouco caso.
A perplexidade de Pilatos não causa espanto. Como você explicaria um homem assim?
Uma das maneiras é percorrer um caminho. O caminho dele. O último caminho que ele percorreu. E foi o que fizemos. Acompanhamos seus passos e permanecemos à sua sombra. De Jericó a Jerusalém. Do templo ao jardim. Do jardim ao julgamento. Do palácio de Pilatos à cruz no Gólgota. Observamos sua caminhada. Vimos como ele se indignou no templo, se abateu no Getsêmani, sofreu na Via-Crúcis. E como saiu triunfante do túmulo.
Espero que, ao acompanhar a caminhada de Jesus, você tenha refletido sobre a sua própria, porque todos nós temos de percorrer um caminho até Jerusalém. Nosso próprio caminho para atravessar uma religião inconsistente. Nossa própria jornada pelo caminho estreito da rejeição. E cada um de nós, assim como Pilatos, devemos emitir um veredicto a respeito de Jesus.
Pilatos ouviu a voz do povo e deixou Jesus percorrer a estrada sozinho.
E nós? Faremos o mesmo?
Penso que sempre me lembrarei daquela caminhada... Oro para que você nunca se esqueça de sua própria caminhada nem da dele: a última caminhada de Jesus de Jericó a Jerusalém. Porque foi nessa caminhada que ele prometeu libertar você.
Sua última caminhada no templo de Jerusalém. Porque foi ali que ele denunciou a religião inconsistente.
Sua última caminhada ao Monte das Oliveiras. Porque foi ali que ele prometeu voltar e levar você para casa.
E sua última caminhada do palácio de Pilatos até a cruz no Gólgota. Descalço, pés ensanguentados, esforçando-se para subir por um caminho estreito de pedras. Tão vívida quanto a dor de carregar a cruz sobre as costas esfoladas é a visão que ele tem de vocês dois caminhando juntos.
Ele conhecia a hora em que poderia entrar em sua vida, em sua choupana escura para acordá-lo e guiá-lo rumo à liberdade.
Mas a caminhada ainda não terminou. A jornada não está completa. Há uma outra caminhada a ser feita.
"Eu voltarei", ele prometeu. E para provar isso, ele rasgou o véu do templo em duas partes e abriu os sepulcros. Ele voltará.
Ele voltará para seus seguidores. E nós, não conseguiremos controlar nossa alegria.
"Aquele que nos resgatou está de volta!" gritaremos.
E então a jornada terminará e tomaremos assento em seu banquete... para sempre.
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