Caro Visitante! Este blog é uma forma de expressar a minha paixão pela Arte, pela Natureza e também pela minha querida cidade natal que é Ribeirão Bonito. Espero que encontre aqui um espaço do seu agrado e, sobretudo que se sinta à vontade para apreciar, contemplar, refletir, observar, analisar, comentar, interagir, sugerir, enfim, participar. Seja bem-vindo!
Ribeirão é Bonito!
quinta-feira, 9 de julho de 2015
A história do feriado de 9 de julho!
A história do feriado de 9 de julho!
Data que é motivo de orgulho para os paulistas marca o início do levante armado do estado contra o governo de Getúlio Vargas em 1932
No dia 09 de julho, São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista de 1932. A data, transformada em feriado civil em 1997, marcou o início de um dos principais episódios da história do estado. Sua importância está evidente em toda a cidade: duas avenidas carregam nomes que remetem à revolta (9 de julho e 23 de maio) e monumentos como o Obelisco do Ibirapuera prestam homenagens ao mártires da chamada “Guerra Paulista.”
A Revolução foi um levante armado da população de São Paulo que, entre os meses de julho e outubro de 1932, combateu as tropas do governo federal. A reivindicação central do movimento era a destituição do governo provisório de Getúlio Vargas, que dois anos antes assumira o poder no país, fechando o Congresso Nacional e abolindo a Constituição. O levante é chamado de “constitucionalista” porque São Paulo pedia a promulgação de uma nova constituição federal.
A empreitada militar paulista foi mal sucedida: as tropas do estado perderam a guerra, sufocadas pela superioridade numérica e técnica do exército brasileiro. Mas sua luta não foi completamente em vão: dois anos depois, em 1934, o governo central promulgava uma nova constituição, mostrando que a revolta conseguira, ainda que tardiamente, atingir seu principal objetivo declarado.
Mas o impacto da Revolução de 32 não se restringiu apenas ao campo da política: o levante foi também um dos principais marcos da formação da identidade paulista. Apoiada na ideia de que o estado é o “carro chefe” da nação, as elites locais aproveitaram o sentimento de união gerado pela revolta para reforçar seu discurso sobre o suposto “espírito” do povo de São Paulo. Dessa forma, elementos que vinham sendo construídos havia anos – como as ideias de pioneirismo e nobreza paulista – foram reforçados pelo poder ideológico da Revolução.
Desde seus primórdios, essa “paulistanidade” esteve impregnada pelo discurso racista. O levante de 32 serviu para reforçar essas ideias, elevando certas populações à categoria de “povo paulista” – como os imigrantes italianos, até então discriminados – e rebaixando outros grupos, como os afrodescendentes e os migrantes do Norte e Nordeste do país. Os historiadores Marco Cabral dos Santos e André Mota, no livro São Paulo 1932 – memória, mito e identidade recentemente lançado pela Alameda Editorial, deram especial ênfase ao papel da medicina na construção desse discurso: além de políticos e intelectuais do período, foram médicos e biólogos que tentaram justificar pela ciência a inferioridade racial de negros e nordestinos.
Atualmente, a Revolução Constitucionalista de 1932 continua sendo um tema controverso da historiografia nacional. Há um enorme número de livros e artigos que discutem o assunto, e a memória da “Guerra Paulista” continua em disputa pelos mais diversos grupos.
Data que é motivo de orgulho para os paulistas marca o início do levante armado do estado contra o governo de Getúlio Vargas em 1932
Propaganda política do período. O "MMDC" se remete aos jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos em 23 de maio de 1932 |
A Revolução foi um levante armado da população de São Paulo que, entre os meses de julho e outubro de 1932, combateu as tropas do governo federal. A reivindicação central do movimento era a destituição do governo provisório de Getúlio Vargas, que dois anos antes assumira o poder no país, fechando o Congresso Nacional e abolindo a Constituição. O levante é chamado de “constitucionalista” porque São Paulo pedia a promulgação de uma nova constituição federal.
A empreitada militar paulista foi mal sucedida: as tropas do estado perderam a guerra, sufocadas pela superioridade numérica e técnica do exército brasileiro. Mas sua luta não foi completamente em vão: dois anos depois, em 1934, o governo central promulgava uma nova constituição, mostrando que a revolta conseguira, ainda que tardiamente, atingir seu principal objetivo declarado.
Mas o impacto da Revolução de 32 não se restringiu apenas ao campo da política: o levante foi também um dos principais marcos da formação da identidade paulista. Apoiada na ideia de que o estado é o “carro chefe” da nação, as elites locais aproveitaram o sentimento de união gerado pela revolta para reforçar seu discurso sobre o suposto “espírito” do povo de São Paulo. Dessa forma, elementos que vinham sendo construídos havia anos – como as ideias de pioneirismo e nobreza paulista – foram reforçados pelo poder ideológico da Revolução.
Desde seus primórdios, essa “paulistanidade” esteve impregnada pelo discurso racista. O levante de 32 serviu para reforçar essas ideias, elevando certas populações à categoria de “povo paulista” – como os imigrantes italianos, até então discriminados – e rebaixando outros grupos, como os afrodescendentes e os migrantes do Norte e Nordeste do país. Os historiadores Marco Cabral dos Santos e André Mota, no livro São Paulo 1932 – memória, mito e identidade recentemente lançado pela Alameda Editorial, deram especial ênfase ao papel da medicina na construção desse discurso: além de políticos e intelectuais do período, foram médicos e biólogos que tentaram justificar pela ciência a inferioridade racial de negros e nordestinos.
Atualmente, a Revolução Constitucionalista de 1932 continua sendo um tema controverso da historiografia nacional. Há um enorme número de livros e artigos que discutem o assunto, e a memória da “Guerra Paulista” continua em disputa pelos mais diversos grupos.
Documento Histórico: Ribeirão Bonito/SP!
Jardim Público!
Atualmente: Praça Nove de Julho!
Fonte:
LUGAR DO TREM
http://www.lugardotrem.com.br/2013_09_01_archive.html
Documento Histórico: Ribeirão Bonito, Dourado, Boa Esperança do Sul, Guarapiranga! e Fazendas da Região!
Estação 55 - Almanaque de Ribeirão Bonito-SP de 1907
Ribeirão Bonito, Dourado, Boa Esperança do Sul e Guarapiranga são localidades muito gratas para mim. Quando vi o Almanaque de Ribeirão Bonito - SP, de 1907, todas as lembranças daquela região se reviveram e surgiu a ideia dessa postagem. O Almanaque é um volume histórico! Os autores documentaram como era a região central do Estado de São Paulo, naquela época. Além de Ribeirão Bonito, também estão registrados na obra, Dourado, Boa Esperança do Sul e Guarapiranga. Sua capa é de papel muito fino, está muito ressecada e comprometida pelo tempo. Mas todo seu conteúdo está preservado. Vou escrever muito pouco; vou deixar que os extratos do texto do almanaque e as fotos resgatem a história. Foto 01 CLIQUE SOBRE AS FOTOS QUE AMPLIAM
Gustavo de Suckow e J. V. Guimarães conseguiram colecionar dados escritos e fotográficos, e os colocaram em 140 páginas de papel muito fino, semelhante ao das páginas das listas telefônicas dos anos 50. Foto 02
Foi impresso na Foto 03
AS DIFICULDADES:
Mas, além das dificuldades citadas no texto ao lado, também existiam as dificuldades gráficas; Cada linha de cada página era composta em uma placa, como se fosse uma bandeja. Nela era alinhada, letra por letra, tipos de chumbo com o desenho invertido da letra. Depois de todas as linhas compostas na placa, a mesma era levada para o prelo para imprimir uma prova. Esta era revisada, e, se aprovada, estava pronta para a tiragem das cópias. Hoje, é tudo digital. Foto 05
Quando estavam preparando o Almanaque fizeram, há 106 anos, exatamente aquilo que, na atualidade, está sendo chamado de memória, ou história viva. A diferença é que os autores não contaram com todos os recursos da tecnologia que existe hoje; gravadores, filmadoras, câmeras e arquivos digitais. Contaram apenas com o entrevistado, e para registrar a entrevista, lápis e papel. Foto 06
Para esta postagem, selecionei as fotos urbanas e fiz alguns
extratos do texto que mostram o início daquelas localidades.
RIBEIRÃO BONITO
extratos do texto que mostram o início daquelas localidades.
RIBEIRÃO BONITO
Nos anos 70, fui professor no Colégio Estadual de Boa Esperança do Sul, a maioria dos professores não eram daquela cidade e se utilizavam da Empresa Jauense com seus ônibus creme com listras marrom. No meu caso, havia uma baldeação no posto do Obelisco, na confluência das rodovias São Carlos - Dourado - SP 215 e Araraquara - Jaú - SP 255. Quando as aulas terminavam mais cedo, o almoço era no bar do Douglas em Ribeirão Bonito e nos tornamos amigos.
NESTE EXTRATO, O INÍCIO DA VILLA Foto 07
Foto 08
A CHEGADA DA ESTRADA DE FERRO Foto 09
Agora, a mesma foto sem as margens. Ampliando, você poderá ver com mais detalhes a locomotiva a vapor estacionada na plataforma. Foto 10-1
Os horários dos trens de passageiros puxados por locomotivas a vapor. Nos dias de semana, um trem, e no domingo, dois. Foto 11
A PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO ESTADUAL Foto 12
O JARDIM PÚBLICO Foto 14
A FERROVIA E O PROGRESSO Foto 19
E NOS PRÉDIOS, OS NEGÓCIOS Foto 23
Foto 24
Foto 25
LINHA DE BONDE Foto 26
DOURADO
Em Dourado, morava a Dª Amélia Tavano, mãe do Durve, do Rafa, e da Júlia. Esta, se tornou minha tia, quando casou-se com meu tio José Gabriel Cavasin. Quando eu voltava das aulas no Colégio Estadual de Boa Esperança do Sul, ia mensalmente visitá-la. Lá também morou a saudosa Tia Zica (Tereza Ferro de Freitas), tia da minha esposa, e mãe dos nossos primos, a Profª Genoveva e o Prof. "Joy".
O INÍCIO Foto 27
O CHEGADA DA DOURADENSE Foto 29
Esta foto está quase ilegível no almanaque. Com a uso de uma lupa, foi possível ler na sua faixa central a legenda "Estação de Dourado" Foto 30
A amiga Marina Dino dos Anjos, fez o tratamento digital da mesma, e o resultado foi ótimo! Passando a ser possível ver alguns detalhes da fachada da Estação Ferroviária de Dourado, a cerca de madeira, as carroças e a legenda contrastada. Esta mais escura, Foto 30-1
e esta mais clara. As fotos que ilustram o Almanaque, certamente antecedem a 1907, pois o término dos serviços de organização dos dados deu-se em fevereiro de 1907. Para imprimir uma foto era necessário fabricar um clichê. Era uma chapa metálica com a imagem em negativo, semelhante a um carimbo, o resultado impresso era uma imagem cheia de pontinhos, ou reticulada. Foto 30-2
Os horários dos trens de passageiros a vapor, da Estrada de Ferro do Dourado entre Ribeirão Bonito e Alabama. Uma composição nos dias úteis, e duas aos domingos. Foto 31
E COM A DOURADENSE, O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Foto 33
Foto 34
Foto 35
BOA ESPERANÇA DO SUL
Em 1973, me tornei professor do Colégio Estadual daquele município. Lecionava a disciplina de Artes Industriais para os meninos das 7ªs e 8ªs séries. Lá, entre os professores, funcionários e alunos, fiz muitos amigos, entre eles a Maria Genoveva Ferro de Freitas Foschini, que era professora de Matemática. Prima da minha esposa, morava em Guarapiranga, e depois de casada, mudou-se para Dourado.
A FREGUESIA Foto 36
A EXPANSÂO DA DOURADENSE Foto 37
ÁGUA MINERAL Foto 340
E COM A FERROVIA, O HOTEL E O PROGRESSO Foto 41
Foto 42
Foto 43
GUARAPIRANGA
O COMEÇO Foto 44
É onde minha esposa nasceu. Ela é Ferro Gobato, famílias tradicionais de Guarapiranga, assim como os Mariani, Donnangelo, Vanalle, Camarosano, Freitas, Paganelli, Arnoni, Polez, Siqueira, Antonelli, Monte, Mantovanini, Petrucelli, Zampieri, Ramal, Sanchez, Presses, Teixeira, Girassol e Fernandes. É uma pena, mas no Almanaque não aparece nenhuma foto daquele Districto..., Foto 45
Se houvesse uma foto, certamente seria da "CASA FERRO". Era o armazém, a bomba de gasolina e o correio da Villa. Pertencia aos avós e tios da minha esposa, Sr, Carmine Ferro e Dª Genoveva Mariani Ferro, Sr Ernesto Ferro e Sra. Maria Buzembai Ferro, respectivamente. . Nos fundos, morava o ex-escravo Cipriano, que após a abolição apareceu por lá, história para uma próxima postagem. Além da "Casa Ferro", em Guarapiranga também havia um ramal ferroviário canavieiro da Usina Tamoyo. Agora, após 106 anos, o Distrito está se mobilizando para se tornar Município. Foto 49
FAZENDAS DA REGIÃO
Nestas 20 fotos e 36 extratos do texto do Almanaque de Ribeirão Bonito, estão apenas fragmentos de tudo que lá é contado. Nas suas 140 páginas escritas no Português clássico do início do século XX, onde é possível ler: VILLA, PHARMACIA, MACHINA, SYSTEMA, PESSÔA, TROLYS, ESCRIPITÓRIO, CADÊA,..., e reconhecer a arte fantástica dos autores em combinar as palavras.
Como este Almanaque é uma obra histórica, é muito importante que principalmente todos os moradores de Ribeirão Bonito, Boa Esperança do Sul, Dourado e Guarapiranga tenham acesso a cópias. Fica aqui a oportunidade também aos jovens daquelas localidades de conhecerem o início de onde nasceram. Para baixar o arquivo em PDF do Almanaque de Ribeirão Bonito, de 1907, clique sobre a capa restaurada, (foto abaixo), não há visualização prévia, pois o arquivo tem 41 Mb. Foto 52
VEJA MAIS:
Fotos:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09,
11, 12, 14, 17, 19, 23, 24, 25, 27,
29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 40,
41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 e 52: Extratos do texto do Almanaque
10 e 10-1 Filemon Perez
13, 15, 16, 18, 20, 21, 22, 28, 38, 47, 48 e 49, 50 e 51: Autores desconhecidos
18, 28, 30, 30-1 e 30-2: Klabin
39: F de Nicola
49: Da tela em cores do pintor Ernesto Lia - Araraquara-SP
Tratamento digital:
30-1 e 30-2: Marina Dino dos Anjos
49: José Alfeo Röhm
Participaram:
Luis Antonio Ferro Gobato
Maria Nazareth, Daniel e Lika Röhm
Participação especial:
Irivaldo Antonio Gobato
Fonte:
LUGAR DO TREM
http://www.lugardotrem.com.br/2013_09_01_archive.html
Uma viagem nos trilhos do presente e do passado.
Embarque neste trem, escolha sua poltrona e faça essa viagem comigo, será um grande prazer.
Em cada estação, um novo encontro e uma nova surpresa.O MAQUINISTA:
José Alfeo Röhm: Fundador e proprietário do Lugar do Trem, colaborardor do Quero Click. Adorador de antiguidades e ferreomodelista.
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