Setembro, mês de alegria: primavera, flores, aniversários e de vida. Mês de tristeza: lembranças de pessoas queridas e de momentos marcantes.
Todo ano, o dia 17 de setembro traz a mim e à minha família lembranças de uma noite triste. Noite em que perdemos a nossa querida Nelita com apenas nove anos de idade. Mas, o dia 18 de setembro foi marcante em nossas vidas. Só quem já passou por isso, pode dizer o que é perder um ente querido.
E como sempre chegou o dia 18 de setembro. Este ano a história já marca quarenta e dois anos (1972-2014) de muita saudade. No calendário da minha vida, este é o dia do meu aniversário e o dia 19 de setembro foi o dia do registro do meu nascimento. Dois dias de celebrações. O dezoito com muitas lembranças tristes e o dezenove para celebrar o dia feliz.
Hoje! 18 de setembro, acordei agradecendo a Deus por mais um ano de vida e recebendo o carinho dos meus familiares, ou seja, o abraço e a benção da minha querida mãe Laurinda, dos meus queridos irmãos e irmãs e também dos meus amigos.
Voltando à história da minha irmã, ontem (17) passei na casa da minha mãe e como todo ano, nesta época, no seu quintal surge uma espécie de flor linda. É da família dos lírios. Quem trouxe a muda foi a nossa saudosa Nelita. É incrível! Todo ano a flor floresce nesses dias. Há 42 anos! Só que não notei a ausência da flor e questionei com a minha mãe a falta da flor no quintal. Ela ficou em silêncio e não disse nada. Fiquei pensando: este ano a flor não surgiu.
E hoje, apareci com um vaso de flores rosadas para levar ao jazigo da família. Acredito que lá não existe mais nada além daquilo de que tenho certeza: a prova da ressurreição.
Ao tomar o café da tarde com rosquinhas deliciosas, olho com atenção para o pote d’água e para minha surpresa a flor estava lá! Dentro de um vidro transparente e com três flores num mesmo pendão. Um botão para florir, uma flor semi aberta e a outra toda esplendorosa, totalmente linda, na cor laranja.
Fiquei admirado e emocionado. Sai a caminho do cemitério ainda encantado com a presença dos lírios.
Chegando lá, como é de costume, fui visitar outros túmulos de familiares. Só que hoje fui ao antigo jazigo onde ela foi sepultada (atualmente está em outro local).
Ao me aproximar da sepultura e com meus pensamentos no passado, uma surpresa! Próximo do local, vejo num túmulo abandonado, e o mesmo tipo de flor: um pé de lírio com três flores! Duas quase secas devido o forte calor e a falta de chuva e uma totalmente radiante!
Foi emoção pura. Presente de Deus. Sei que é assim que Ele conversa comigo.
Sai dali com os olhos cheios de lágrimas, fui ao túmulo dela, depositei as flores rosadas e depois voltei aquele local para depositar água naquela planta cheia de significados. Registrei a cena local e de volta à casa da minha mãe pude mostrar a minha história desse dia especial. Choramos.
E assim eu ganhei de Deus um presente que mostra como Ele conversa conosco de maneira que conforta os nossos corações.
Sou agradecido por tudo.
Obrigado, Senhor!
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