Caro Visitante! Este blog é uma forma de expressar a minha paixão pela Arte, pela Natureza e também pela minha querida cidade natal que é Ribeirão Bonito. Espero que encontre aqui um espaço do seu agrado e, sobretudo que se sinta à vontade para apreciar, contemplar, refletir, observar, analisar, comentar, interagir, sugerir, enfim, participar. Seja bem-vindo!

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Vá visitar os ipês!


Os ipês estão floridos!
Rubem Alves


Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido.

A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.

Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal — abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o Verão está pra chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.

Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o Inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir.

Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.

Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no Inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto.

A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranquilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.

Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.

Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.

Primeiro movimento, 'Ipê Rosa', andante tranquilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.

Segundo movimento, 'Ipê Amarelo', rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.

Terceiro movimento, 'Ipê Branco', moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança.

Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no Inverno...

Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina.



















Imagem do Dia: Avenida Primavera!

Vá visitar os ipês!









Daqui: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1529560417101336&set=a.104026609654731.2353.100001421765438&type=3&theater



domingo, 20 de agosto de 2017

Cora Coralina recebe homenagem do Google!

Google homenageia com Doodle o
128º aniversário de Cora Coralina!



Doodle feito pelo Google para homenagear Cora Coralina
(Foto: Divulgação/Google)


"A escritora brasileira Cora Coralina é a homenageada de hoje no Google por meio de um Doodle, figura que leva internautas a saber mais sobre a vida da poeta. Ela completaria 128 anos neste domingo (20), caso estivesse viva. Falecida em 1985, Cora foi uma das mais importantes escritoras brasileiras. No Doodle de homenagem, a palavra "Google" faz referência a semeadura!

A escolha da vez foi Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que hoje, 20 de agosto de 2017 estaria completando 128 anos. Cora nasceu no interior de Goiás, em 1889 e apesar de ser considerada uma das maiores escritoras do país, seu primeiro livro só foi publicado quando ela tinha 76 anos da idade.

A poetisa tinha uma vida rural simples, doceira de profissão, costumava escrever poesias sobre amor e gentileza de uma forma sutil, um reflexo da vida que tinha. O fato do início da "carreira" de Cora ter começado tão tarde, deve-se ao fato de que a poetisa relata ter passado: uma transformação chamada "Perda do medo", aos 50 anos de idade, onde deixou o nome de batismo e passou a ser chamada de Cora Coralina.

O Doodle de homenagem mostra uma senhora já com uma certa idade escrevendo um livro -fazendo referencia a idade que Cora lançou sua primeira obra- em um ambiente simples e rural, como era a vida que Cora Carolina levava em Goiás. A semeadura, o florescer e a colheita na palavra "Google" faz referência a um poema dela que diz "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher".

Anna, que escolheu o nome Cora Coralina para publicar seus livros, morreu aos 95 anos em Goiânia e teve nove livros publicados:

“Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais” – Poesia de 1965
“Meu Livro de Cordel” – Poesia de 1976
“Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha” Poesia de 1983
“Estórias da Casa Velha da Ponte” – Contos de 1985
“Meninos Verdes” – Infantil de 1986 (póstumo)
“Tesouro da Casa Velha” – Poesia de 1996 (póstumo)
“A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu” – Infantil de 1999 (póstumo)
“Vila Boa de Goiás” – Poesia de 2001 (póstumo)
“O Prato Azul-Pombinho” – Infantil de 2002 (póstumo)!"





sábado, 19 de agosto de 2017

Festa de Agosto: Tempo de Churros!

O que não pode faltar
na Festa de Agosto?

Os famosos churros recheados!





Churros Recheados:
Tradição na Festa de Agosto
de Ribeirão Bonito!




 



 









Dona Edna continua preservando
a receita recebida do seu saudoso pai.

Os ingredientes principais dos churros
que encantam a todos:
dedicação e muito amor!

Huuuuuuummmmmmmmmm!



Onça-pintada é encontrada na Praça Bom Jesus em Ribeirão Bonito!


Onça-pintada é encontrada 
na Praça Bom Jesus 
em Ribeirão Bonito!










A Festa Continua...
A Festa é sua!
A Festa é nossa!






quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Tempo de Folclore: A Velha a Fiar!




A Velha a Fiar é um curta-metragem brasileiro de 1964 dirigido por Humberto Mauro, com a música popular homônima cantada pelo Trio Irakitan. Uma joia do cinema brasileiro, esse curta-metragem chegou a ser considerado pelos críticos como um dos primeiros videoclipes do mundo. Humberto Mauro, ao não conseguir colocar uma mulher para fazer o papel da velha, colocou seu amigo Mateus Colaço para fazê-lo
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Velha_a_Fiar
Veja o vídeo!





A Velha a Fiar!

Estava a velha no seu lugar, veio a mosca lhe incomodar.

A mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a mosca no seu lugar, veio a aranha lhe fazer mal.
A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a aranha no seu lugar, veio o rato lhe fazer mal.
O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o rato no seu lugar, veio o gato lhe fazer mal.
O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o gato no seu lugar, veio o cachorro lhe fazer mal.
O cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o cachorro no seu lugar, veio o pau lhe fazer mal.
O pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o pau no seu lugar, veio o fogo lhe fazer mal.
O fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o fogo no seu lugar, veio a água lhe fazer mal.
A água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a água no seu lugar, veio o boi lhe fazer mal.
O boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o boi no seu lugar, veio o homem lhe fazer mal.
O homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o homem no seu lugar, veio a mulher lhe incomodar.
A mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a mulher no seu lugar, veio a morte lhe levar.
A morte na mulher, a mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a morte no seu lugar. veio a vida lhe incomodar.
A vida na morte, a morte na mulher, a mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha fiar.



domingo, 13 de agosto de 2017

sábado, 5 de agosto de 2017

Bem-vindo, Neymar!

Neymar é apresentado à torcida do PSG:

- Ici c'est Paris!


Paris Saint-Germain Football Club!


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Soneca Incrível!


Mundo Animal:
Gato tirando uma soneca
na maior preguiça!

🐱
Veja o vídeo!



Mundo do Cinema: Estreia "Dunkirk", de Christopher Nolan!

Do diretor Christopher Nolan (“Interestelar”, “A Origem”, trilogia “Cavaleiro das Trevas”) chegou o épico thriller de ação DUNKIRK, que estreou 21 de Julho de 2017 nos cinemas!


#DunkirkFilme

"Dunkirk" começa com centenas de milhares de tropas britânicas e aliadas cercadas por forças inimigas. Encurralados na praia e com o mar em suas costas, eles enfrentam uma situação impossível à medida que os inimigos se aproximam!


Veja o vídeo!








quinta-feira, 20 de julho de 2017

terça-feira, 18 de julho de 2017

Hillsong Worship - One Thing!

Hillsong Worship - One Thing 
(Legendado)!



Veja o vídeo!




Artista: Hillsong United
Álbum: Saviour King
Data de lançamento: 2007
Gênero: Cristã/Gospel